O nosso grupo de trabalho de Biologia deseja a todos os alunos e professores da Escola Secundária/3 de Fafe um Feliz Natal e um Óptimo Ano Novo.
Assim também desejamos boas festas a todos os visitantes e participantes deste blog, e que continuem no próximo ano a dar atenção ao nosso portfólio digital, assim como não podem deixar de participar nesta fantástica actividade :)
Porque soluçamos?
O soluço é resultado de uma contracção involuntária do diafragma, um fino músculo que separa o tórax do abdómen e que, juntamente com os músculos intercostais externos, é responsável pelo controle da respiração. Seus movimentos de contracção e relaxamento permitem que inspiremos e expiremos o ar e são controlados pelo nervo situado logo acima do estômago. Os incómodos do soluço surgem a partir de uma irritação desse nervo , cujas causas podem ser diversas (distensão gástrica pela ingestão de bebidas com gás, deglutição de ar ou alimentação em grande volume; mudanças súbitas da temperatura de alimentos ingeridos; modificações da temperatura corporal, como sauna seguida de um duche gelado; ingestão de bebidas alcoólicas; ou até mesmo gargalhadas). Quando ele fica ou sensibilizado, envia uma mensagem para o diafragma se contrair, o que dispara o soluço.
O característico barulhento "hic, hic" surge quando ocorre fechamento súbito da glote (abertura superior da laringe, onde se localizam as cordas vocais), produzindo vibração nas cordas vocais.
Porque é impossível espirrar de olhos abertos?
Esclarecendo o mito: não é porque os olhos podem sair da órbita que os fechamos ao espirrar!
Quando uma partícula estranha entra no corpo pelas vias nasais, estimula os receptores locais que, por meio do nervo trigémeo (que coordena os movimentos da face), avisam o tronco encefálico que é hora de entrar em acção.
Ao receber a mensagem, o tronco encefálico reage imediatamente à invasão, gerando uma série de impulso motores que contraem o abdómen, o tórax e o diafragma, até chegar ao nervo facial.
Os reflexos que chegam ao nervo facial também desencadeiam movimentos para expulsar a partícula estranha. Essas contracções atingem diversos músculos da face, incluindo o músculo orbicular, que controla o abrir e o fechar dos olhos. Como resultado de todo esse esforço, fechamos os olhos.
Como acontece o reflexo do espirro?
O reflexo do espirro é muito parecido com o reflexo da tosse, excepto pelo facto de se aplicar às vias nasais, ao invés das vias respiratórias inferiores: o estímulo que inicia o reflexo do espirro é a irritação das vias nasais. Impulsos aferentes passam do quinto par de nervo craniano ao bulbo, onde o reflexo é disparado. Uma série de reacções semelhantes às do reflexo da tosse acontece, grandes quantidades de ar passam rapidamente pelo nariz, ajudando, assim, a limpar as vias nasais.
Você sabia que:
- o ar que sai das narinas durante o espirro atinge em média 150 Km/hora?
- ao espirrarmos espalhamos aproximadamente 40 mil gotículas de saliva?
Pois é, por isto o espirro é uma excelente fonte de transmissão de doenças respiratórias.
Susto pode curar o soluço? Por que?
Pode sim. Quando levamos um susto, provocamos uma forte inspiração, levando a um aumento do volume de ar nos pulmões. Os pulmões pressionam o diafragma, fazendo com que ele se estique e volte a funcionar normalmente. Mas existem maneiras menos drásticas que também funcionam: tomar um copo de água com nariz tampado ou inspirar e segurar o ar por alguns instantes.
Bibliografia: http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Curiosidades/Curiosidades5.php
Reflexão: Creio que és são das curiosidades que a maior parte da gente procura relativamente ao nosso corpo. Pouca gente sabe o que causa o espirro ou a tosse, ou mesmo o porquê do susto "curar" os soluços.
Foi com o objectivo de esclarecer os nossos seguidores que decidimos colocar no nosso portfolio acerca destes aspectos que diga-se de passagem, são das curiosidades que muito gente gostava de ter conhecimento. E mais uma vez, tentamos sempre esclarecer as vossas dúvidas.
Por que perdemos os dentes de leite? Até que idade crescemos? Como ficamos velhos? Por que nossos dentes não têm a mesma forma? Serão a essas perguntas que estamos prestes a responder:
Por que perdemos os dentes de leite?
Desde o nascimento, as raízes dos dentes de leite e dos dentes definitivos estão dentro das gengivas. Os dentes de leite nascem entre os 6 meses e os 2 anos de idade. Perto dos 6 anos, as raízes dos dentes definitivos se desenvolvem e os dentes de leite caem para dar lugar a eles.
Até que idade crescemos?
O crescimento dos ossos começa com o nascimento e vai até mais ou menos 20 anos. Porém, o esqueleto não é o único a se modificar. Na adolescência, todo o corpo muda: é a puberdade. Quando ficamos adultos, o corpo não cresce mais.
Por que nosso coração bate mais forte quando temos medo?
O coração bate o tempo todo, mas percebemos melhor quando ele bate mais rápido ou mais forte. Quando estamos com medo, todo o corpo se prepara para que possamos fugir a toda a velocidade. É por isso que o coração começa a bater bem rápido.
Por que as pessoas morrem?
Na velhice, os órgãos já não funcionam tão bem. O corpo cansa-se e tem mais dificuldade para se defender das doenças. No final da vida, o coração deixa de bater, o cérebro e os demais órgãos deixam de funcionar.
Fonte:http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Curiosidades/Curiosidades.php
Uma equipa europeia de investigadores identificou um gene que aumenta o risco de obesidade, o que indica que o aumento de peso não depende apenas da sedentariedade. O gene PCSKI desempenha um papel essencial na maturação de várias hormonas, com papel chave na ingestão de alimentos.
Noticia em: http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Vida/Interior.aspx?content_id=965621&tag=Gen%E9tica
Reflexão: Toda a gente sabe que um dos problemas do século XXI é a obesidade. A taxa de obesos no mundo pode ser relacionada com a taxa de produção de fast food.
Nos meados deste século, quando a taxa de produção de fast food aumentou constantemente a de obesos decidiu também a acompanhar.
No entanto, há pessoas que "têm tendência" para engordar, isto é, engordam facilmente mas para perder peso é muito difícil. Isso pode ser agora explicado pela presença de um gene nos cromossomas humanos, como se veio a referir nesta notícia.
Um casal alemão teve gémeos de cor de pele diferente, num caso inédito que acontece num milhão de nascimentos de filhos de pais mistos. À TSF, o vice-presidente da Sociedade Portuguesa de Genética explicou a mecânica destes casos raros.
Noticia em : http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Vida/Interior.aspx?content_id=968782&tag=Gen%E9tica
Reflexão: Isto de gémeos de cor diferente é um caso muito raro. Normalmente, mesmo com os pais de cor diferente, os filhos sendo gémeos nunca ou raramente têm filhos de cor diferente como se sucedeu. Este acontecimento vai permitir aos cientistas estudar melhor o processo de fecundação e perceber que o processo não é sempre igual (como já se sabe), e até me arrisco a afirmar, que "não há duas fecundações iguais". Mas sendo nesta situação um caso de gémeos, eles deveriam ser iguais.
Como não são, há algo de diferente que se sucedeu e que de certeza que os cientistas e biólogos irão estudar este caso e perceber o que passou.
A história da primeira obtenção do genoma de um animal extinto começou com a descoberta de um mamute congelado na Sibéria e terminou, esta quarta-feira, com a publicação do ADN nuclear do mamute lanudo, que desapareceu do planeta há mais de 3500 anos.
Noticia em: http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Vida/Interior.aspx?content_id=1046890&tag=Gen%E9tica
Reflexão: Quando olhamos para uma foto de um mamute pensamos: "Eu já não vi aquilo no zoo?" - a verdade é que muita gente acha que os mamutes são "primos ou familiares" dos elefantes e que ainda são uma espécie presente na Terra.
Na verdade, os mamutes são uma espécie já extinta. Isto pode levar a crer que os actuais elefantes descenderam destes grandes peludos e que se adaptaram ao seu novo meio (que por sinal é mais quente) visto que os mamutes viviam na Idade Glaciar - muito baixas temperaturas.
Assim, ao decifrar um genoma de um mamute recém descoberto irá contribuir para novas pesquisas na biologia, assim como perceber certos comportamentos dos actuais elefantes e da sua "família" e também talvez perceber melhor aquela era glaciar que se vivia na Terra.
Investigadores conseguiram alguns avanços na tentativa de assegurem que os bebés não herdem doenças genéticas das suas mães. Estes cientistas conseguiram transferir material genético de óvulo com problemas para um saudável.
Noticia aqui: http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Vida/Interior.aspx?content_id=1345816&tag=Gen%E9tica
Reflexão: Com estes avanços na ciência, claro que com a ajuda da tecnologia, conseguir-se-á fazer com que as próximas gerações não carreguem o fardo das doenças genéticas :)
Uma equipa de investigadores norte-americanos garante ter descoberto o interruptor que permite aos humanos falar. Entre as imensas semelhanças genéticas que partilhamos com os chimpanzés, a fala aparece como a característica que nos distingue radicalmente deles. A diferença pode ser o resultado da evolução de um único gene.
Noticia aqui: http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Vida/Interior.aspx?content_id=1417694&tag=Gen%E9tica
Reflexão: Toda a gente afirma: "Nós viemos dos macacos!". Isso de certa forma é verdade, porque provas mostram que chimpanzés e Homens "nasceram" de um antepassado comum. Por isso, se afirma que o chimpanzé é o primata mais próximo do Homem.
No entanto, estes dois seres são muito diferentes. Uma das grandes diferenças é a voz e o conseguir falar, coisa que só o ser humano consegue fazer. Por isso, é que esta noticia é tão importante. Saber o que nos destinge dos chimpanzés é sempre um aspecto positivo porque assim torna-nos ainda mais superiores aos outros animais.
O falar é uma das características da nossa espécie, e é muito importante para nós, humanos, porque está na base de todas as comunicações e de todas as relações sociais.
Quando o Homem começou a dar conta dos seres vivos que o rodeavam, tornou-se necessário explicar o aparecimento destes, bem como o seu próprio aparecimento. Foi então que surgiram algumas teorias cujo objectivo era explicar o surgimento e desenvolvimento das espécies vivas. As teorias que pretendiam explicar o surgimento das espécies são as seguintes:
FIXISMO: admite que as espécies, desde o seu aparecimento, são imutáveis, ou seja, não sofrem modificações. Tem os seguintes ramos:
-Criacionismo: defendia que todos os seres vivos tinham sido obra divina e que por isso eram perfeitos e não precisavam de sofrer alterações
-Espontaneísmo: a vida surgia quando existissem condições favoráveis a isso, uma dessas condições era a existência de uma força vital
-Catastrofismo: a existência de catástrofes naturais destruía determinados seres vivos, outras espécies existentes iriam povoar esses locais desabitados
EVOLUCIONISMO: admite que as espécies não são imutáveis e que sofrem modificações ao longo do tempo, antes de Lamarck era também conhecido como transformismo.
Reflexão: Como todos sabemos a hipótese de hoje em dia mais aceite é o evolucionismo. Por outro lado, o fixismo é ainda nos dias que correm posto em causa devido em grande influência das religiões. A religião afirma que Deus, o "ser" perfeito criou o mundo, e como tal as criaturas que lá vivem. Deste modo, tudo o que é criado é perfeito e não deve ser mudado.
Este foi o pensamento que corria nas cabeças das sociedades durante séculos até que alguns biólogos decidiram questionar essa teoria, criando novas hipóteses relacionadas com o evolucionismo. Assim, o fixismo foi perdendo cada vez mais adeptos e seguidores, sendo o principal responsável por isso o EVOLUCIONISMO.
Nós não somos uma excepção ao geral, mas achamos que se tem dado uma evolução dos seres vivos ao longos dos milhões e milhões de anos da Terra, e como tal, as espécies que vimos hoje em dia resultaram da evolução de muitas outras anteriores, e provavelmente, todos nós somos "irmãos" porque nascemos da mesma "célula mãe ancestral".
As membranas até certo ponto contornar a falta de superfície em relação ao volume da célula. Contudo, a logística necessária para levar a cabo o metabolismo celular limita o tamanho da célula, que não pode aumentar constantemente. Isto porque, se o volume da célula aumentar constantemente, a superfície da célula não acompanha esse crescimento. Assim, se a célula continuasse a aumentar sempre a sua superfície não acompanharia e não se davam as trocas essenciais com o meio de forma a manter o bom funcionamento da célula.
O desenvolvimento de uma maior complexidade estrutural e metabólica foi conseguida devido à multicelularidade. A cooperação e a divisão de tarefas torna possível a exploração de recursos que uma só célula não pode utilizar.
O primeiro passo na evolução para organismos multicelulares foi a associação de organismos unicelulares em colónias.
Seres unicelulares colonais – são seres unicelulares que não apresentam diferenciação de grupos, são portanto idênticos que partilham recursos e promovem a intercooperação. Podem surgir indivíduos isolados dentro da colónia com funções específicas, como a reprodução.
A especialização e a cooperação permitem que as células se combinem, formando um organismo com mais capacidades do que cada uma das suas partes constituintes.
Assim surgiram os seres multicelulares.
Seres multicelulares – são seres que possuem grupos de células diferenciadas com funções específicas
(tecidos).
Vantagens da multicelularidade: permite a existência de tecidos e órgãos e de sistemas com funções específicas e especializadas que permitem a melhor adaptabilidade aos meios, uma maior diversidade de formas, uma maior dimensão sem comprometer a independência relativamente ao meio. Há um aumento da eficiência energética e de recursos.
A ORIGEM DE EUCARIONTES E DA MULTICELULARIDADE ESTIVERAM NA ORIGEM DE UMA EXPLOSÃO DA DIVERSIDADE BIOLÓGICA.
Este post não contém bibliografia pois foi desenvolvido através de muitas pesquisas em livros, apontamentos e sites e como tal, é da nossa autoria :)
O pequeno tamanho das células procarióticas limita a sua actividade metabólica uma vez que não possibilita a existência de grandes quantidades de DNA nem da maquinaria necessária à sua expressão. O aumento do volume da célula, por si só, não é solução uma vez que não é acompanhado por um aumento proporcional da área superficial, através da qual se verificam as trocas de gases, de nutrientes e de resíduos entre a célula e o meio.
O aumento da actividade metabólica foi conseguido pela evolução das células eucarióticas a partir das células procarióticas e pela origem da multicelularidade.
Há dois modelos que tendem a explicar a origem das células eucarióticas:
-Modelo autogénico – o sistema endomembranar das células eucarióticas terá evoluído a partir de invaginações especializadas da membrana de células procarióticas ancestrais. Essas invaginações deram origem a membranas internas; algumas terão rodeado porções de DNA que abandonaram o núcleo e terão dado origem a mitocôndrias e a cloroplastos. Podemos dizer que foi a célula que se auto-gerou.
-Modelo endossimbiótico – as células eucarióticas são o resultado da associação simbiótica de vários ancestrais procarióticas. A célula teria resultado da incorporação de organismos procarióticos, sem os digerir, por parte de outros procariontes primitivos. Seria um caso de endossimbiose, ou seja, uma associação entre organismos diferentes em que um deles (endossimbionte) vive dentro de outro (hospedeiro), beneficiando ambos desta associação.
A cooperação foi tão íntima e tão eficaz entre os diferente
s organismos que se tornaram dependentes e passaram a constituir organismos estáveis e singulares. Assim as células-hospedes vieram a constituir alguns organelos. Os cloroplastos resultaram da incorporação de procariontes fotossintéticos (como as cianobactérias) e as mitocôndrias teriam resultado da incorporação de procariontes aeróbios com uma grande capacidade respiratória.
O flagelo e o cílios terão também resultado de seres procariontes mais alongados que se uniram à membrana celular.
